Por: Eduardo Bagne (Fisioterapeuta e Diretor Técnico da Pediatherapies)

Assim que uma família chega com seu filho para uma avaliação fisioterapêutica, a primeira pergunta que demonstra a ansiedade da família é: “O meu filho vai andar?”.

Atualmente, com todos os recursos terapêuticos e tecnológicos existentes no mercado da reabilitação, podemos afirmar que sim, seu filho irá andar. Porém a maneira, a frequência, as dificuldades e as necessidades de auxiliares para o desenvolvimento da marcha irão depender de uma série de fatores, entre eles, o diagnóstico e o nível motor, além da cognição e comportamento.

Portanto ao falarmos em marcha, podemos classificar em:

✅ marcha terapêutica;

✅ marcha para curtas distâncias;

✅ marchas comunitárias e funcionais;

Ou seja, teremos pacientes capazes de trocar passos durante a terapia com o auxílio de andadores, muletas ou bengalas, mas na comunidade precisarão de cadeiras de rodas para sua locomoção. Assim como podemos ter pacientes capazes de andar de forma independente em sua escola e residência, mas que apresentarão muito cansaço e gasto energético em longas distâncias como um passeio no shopping, por exemplo, necessitando de cadeiras de rodas também.

Diante disso podemos ter pacientes que desenvolverão marcha independente, correndo, pulando, subindo e descendo escadas e rampas.

O mais importante é que a família, junto ao terapeuta, entendam o diagnóstico da criança e assim, o prognóstico de marcha. Com isso, os objetivos e condutas terapêuticas serão adequados para atingir a real expectativa, principalmente na escolha e indicação de possíveis equipamentos e andadores.

Vale ressaltar que muitas informações ultrapassadas e erronias ainda pairam nesse meio como:

👉🏻 Se eu colocar meu filho na cadeira de rodas ele ficará preguiçoso e não vai querer andar;

👉🏻 tenho que forçar meu filho a andar a qualquer custo, mesmo ele estando exausto e totalmente desalinhado.

⚠️ Essas e outras informações são inverdades já comprovadas por estudos recentes.

Sendo assim famílias, conversem com o fisioterapeuta sobre a marcha do seu filho.